quarta-feira, 18 de novembro de 2009

GM vai começar a devolver dinheiro

A direção mundial da General Motors informou ontem que vai começar a pagar os empréstimos obtidos com os governos dos Estados Unidos e do Canadá no próximo mês. A iniciativa ocorre após a companhia registrar melhoras em seus resultados financeiros depois de sair da concordata, em 10 de julho.

A montadora americana perdeu US$ 1,2 bilhão no trimestre julho/setembro. A perda é menor que a verificada em trimestres anteriores e foi recebida por analistas internacionais do mercado automotivo como sinal de que a empresa começa a se recuperar da crise em que se encontra. No terceiro trimestre de 2008, a GM teve perdas de US$ 2,5 bilhões.

Excluindo impostos e itens especiais, como custos relacionados à reestruturação da rede de concessionários, as operações da GM tiveram prejuízo de US$ 261 milhões entre 10 de julho a 30 de setembro. A perda na América do Norte foi de US$ 651 milhões, enquanto as operações internacionais ganharam US$ 238 milhões. China e Brasil foram os mercados que mais contribuíram para esse resultado. A Europa registrou prejuízos de US$ 400 milhões.

Quando entrou com pedido de concordata (Capítulo 11, como é chamado nos EUA), a companhia acumulava dívidas de US$ 94,7 bilhões. Saiu do processo 40 dias depois com US$ 17 bilhões, incluindo US$ 6,7 bilhões de empréstimos obtidos do governo americano, que concedeu à montadora US$ 52 bilhões, sendo US$ 45,3 bilhões em troca de uma participação de 61% na empresa.

A GM começará a fazer pagamentos de parcelas trimestrais de US$ 1 bilhão em 31 de dezembro ao governo americano. Ao mesmo tempo, começará a pagar o empréstimo de US$ 1,4 bilhão feito pelo governo do Canadá, a um ritmo de US$ 200 milhões por trimestre. A empresa informou que tinha US$ 42,6 bilhões em mãos no fim de setembro e reservas de US$ 3,3 bilhões.

"O objetivo da companhia é saldar a dívida em oito trimestres, ou seja, até o fim de 2011, bem antes do período estipulado, que era 2015", disse o presidente da GM do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila. "É um compromisso que temos com os contribuintes."
Fonte:UltimoSegundo

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